Poesia

Fé Insana 

Contradiz o que diz
Sou o sujeito da reação
Escando por escandir
Tu abscindes por abscindir


Não há detalhes pois aqui,
encerro o meu avocado
Tantos impropérios condenados,
faz repensar o seu lado

Alimente o lobo certo,
pois poderá ser caso consumado
Medo, fico até calado...

Desejo-lhe paz e muito amor
Só tenho amor para lhe dar
Abortar, ódio; abortar   



Poema em Prosa

Insônia

Toda noite milhares de olhos ficam descobertos tentando achar algo que possam cobri-los. Pensativos, inquietos, atormentados e muitos outros motivos os fazem perder o manta de lã. Certa vez um pobre ser com um pouco mais de uma década de vida, que tinha muito amor para dar, mas que tinha medo do outro não querer; seu medo de se expressar a levará cada vez mais para o mundo da solidão. Os anos não poderão acudir essa pobre alma condenada. A mesma alma com uma pena e um pedaço de árvore morta, penejou algumas linhas sobre uma alma enfraquecida que não encontrava o seu manta de lã. A alma enfraquecida que sempre foi na direção certa para pegar o seu manta, encontrava-se prostrada; enfraquecida. A mesma sabe a direção que deve prosseguir, mas se perdeu em Andrômeda; está indo para casa achar o seu manta aos poucos, no seu tempo.